ENTRE TERRITÓRIOS E TEMPORALIDADES: UMA ANÁLISE DOS MARCOS HISTÓRICOS DA EDUCAÇÃO DO CAMPO NO BRASIL
Resumo
Este artigo investiga os marcos históricos da Educação do Campo no Brasil, concebendo-a como uma categoria política e epistemológica em constante disputa. A pesquisa, de natureza qualitativa, fundamenta-se em análise documental e bibliográfica, com ênfase em legislações, conferências e produções acadêmicas relevantes. A análise crítica revela tensões persistentes entre as políticas públicas e as práticas territoriais, ressaltando a temporalidade como elemento interpretativo central para compreender os processos educativos no campo. O estudo evidencia que os avanços obtidos ao longo das últimas décadas foram fortemente impulsionados pela atuação de movimentos sociais do campo, como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que tensionaram o Estado e promoveram a institucionalização de políticas voltadas à educação rural. Contudo, observa-se que esses avanços foram seguidos por retrocessos institucionais recentes, marcados por descontinuidades programáticas, esvaziamento de instâncias participativas e reconfiguração das políticas educacionais sob perspectivas tecnocráticas e urbanocêntricas.
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